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Abram as portas do mundo!

Exatamente no dia em que eu havia preparado um post sobre afogamento infantil, surgiu a imagem do menino Aylan na beira da praia de Bodrum.

Sei que o objetivo daquele post era diferente do que a imagem representava, mas não consegui postar.

Na verdade não consegui postar mais nada.
Não consegui encontrar assunto mais gritante dentro de mim do que este.

Por isso hoje vim fazer um apelo: ABRAM AS PORTAS DO MUNDO

Quantos Aylans o mar já jogou e tem jogado diariamente na beira de praias?
Beiras de praias essas, que deveriam ser cercadas de esperança e vida ao fim de duras travessias.

O que tem acontecido nesses povos é algo profundamente doloroso.

São muitas vidas. Pessoas como eu e você. Crianças como nossos filhos.

São nossos irmãos e irmãs. Todos em busca de simplesmente puder viver.

Você já se perguntou o que faria em uma situação dessas?
Cenas que você havia visto em filmes históricos, estão rodeando os jornais e redes sociais,
Uma notícia mais devastadora que a outra...

Que eu me lembre agora de cabeça, só esse ano eu ouvi uma dúzia de notícias trágicas.
Manchetes anunciando centenas de mortos e milhares de refugiados.

O mais triste é que isso não começou a acontecer essa semana. É um problema de anos, que se agravou bruscamente nos últimos meses.
Foi preciso Aylan protagonizar a imagem mais forte desta história para que o mundo virassem seus olhos a esta situação catastrófica.

Centenas de adultos e dezenas de crianças estão morrendo nesta guerra e no reflexo dela.
Outras centenas de milhares estão implorando um espaço na terra para viver.

Ora, o sentido da globalização não seria um mundo sem fronteiras? Então porque tantos muros, tantas cercas? Porque a necessidade de  cruzar mares e ilhas até conseguir um novo lar.

Não sei qual meu objetivo com este post. Talvez seja dividir meu desabafo ou a minha maneira de gritar.
Parece estranho alguém de tão longe se importar e se comover ao ponto de se sentir abalada.
Pois é, eu me abalei, e acho que estarei assim por muito tempo ainda.

Eu penso neles como meus irmãos. Não só porque Deus nos ensinou que assim é.
Mas sim por que eles são seres humanos como nós. Pais, mães, filhos... Muitos filhos!

Crianças. Homens e mulheres. Pessoas que além de perderem tudo: casa, família, empregos; Chegam a países estranhos buscando solidariedade e oportunidade e encontram preconceito e egoísmo.

Abram as portas do mundo!
Abram as portas do seu bairro e do seu coração.

Esbarrar com imigrantes refugiados em supermercados, farmácias, praças e faze-los se sentirem em casa.

Você sabia? O Brasil está entre os países que mais tem recebido refugiados. Haitianos, Libaneses, Turcos, Sírios...

Esse não é um problema tão distante assim... Ele está aqui e aí, ao seu lado.
Um sorriso é o melhor BEM VINDO que você pode oferecer.

Ainda não sei dizer de fato como podemos ajudar essas pessoas, além de oferecer nossa oração e espaço em nossas cidades. Mas existem instituições que estão mobilizadas e trabalhando diretamente com quem tem precisado.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as Cáritas recebem doações e oferecem serviços aos refugiados.

Ainda no Brasil, o Médicos sem Fronteiras e a Cruz Vermelha, mantém seus trabalhos nos campos de acolhida a refugiados.

Já a ANCUR, a agência de refugiados da ONU, está promovendo campanhas para arrecadar verba para suas ações com famílias refugiadas e para ajudar os sírios especificamente.

Segundo a ONU, "esta é a maior emergência humanitária da nossa era, e muitos deles estão agora enfrentando um inverno rigoroso".

Faça a sua parte. Comece dentro de casa.



This is the welcome refugees deserve.
“You can’t sit at home when there are so many people to help. You can’t. It is up to us to help these people.” This is the welcome refugees deserve. We are seeing amazing scenes in Austria and Germany as people come out to cheer, help, feed and passionately welcome refugees arriving in their countries. The authorities are also doing all they can to provide an organised and efficient reception.
Posted by UNHCR on Domingo, 6 de setembro de 2015


O The New York Times acompanhou o resgate de um barco com 700 eritreus, que estava à deriva no Mediterrâneo. O produto final é um especial com fotos, vídeo e um mapa que mostra os locais onde ocorreu a maior parte dos naufrágios. Veja nesse link http://nyti.ms/1hC6n9y 


*Referências e imagens: ONU, NY Times, UNHCR